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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Aos Acadêmicos Poetas De Nosso Amanhã

Escrever versos caseiros,
É como escrever com tinteiros:
Borra-se a mão e o papel.
Poesia é algo além, do escrever somente:
É escência a própria semente,
Do engolir, em seco, o fel.
O poeta esquece sempre,
Ou procura esquecer,
Que , na vida, é ele o demente,
O demente, que ninguém quer prender.
Sim, pois prender um poeta,
Sempre traz complicações...
O poeta tem mente aberta,
E escreve poemas... na prisão.
Se ele não tem notoriedade,
Basta ser preso... que a ganha.
Se alguém procura a verdade,
Ela esta com o peta... coisa estranha!
Nas formas mais primitivas...
Nas mais remotas mestrias...
Possuem cadeiras cativas,
Poetas e suas poesias...
Os povos, em suas histórias,
Guardam espaços reservados,
Para recordar em memórias,
Seus poetas consagrados.
O porque, não sei explicar...
Talvez não caiba explicação...
Talvez a arte de poetar,
Seja uma maneira de dar lição.
Lições aos menos avisados,
Que não tem a sorte de ler,
Que já foram até enforcados,
Muitos que queriam saber.
Mas saber o que? O que ensinam?
Nada de anormal, suponho...
Penso que os poetas eliminam,
Nossos pensamentos, os medonhos...
Talvez a poesia, em escência,
Seja apenas forma e conteúdo,
Que encontra a nossa consciência,
Quando resolve não deixar mudo.
Talvez o caminho em linha reta,
Para se chegar a fantasia,
E se encontrar a porta aberta.
Talvez, e só talvez, a liberdade,
Um dia, muda ficou, pôr agonia,
E fez uso de uma facilidade:
Nos mandar recados, em poesia.
Talvez, e só talvez, nossa verdade,
Tenho encontrado um modo de dizer,
Que, em poemas, não se encontra facilidades,
Pois, poemas, são difíceis de se fazer.
Talvez sabido descrever o brilho da lua...
Talvez este poeta, tivesse em mente,
Transcrever para o papel, a beleza tua...
Talvez, e só talvez, a poesia,
Tenha nascido junto ao monte das Oliveiras...
Talvez, e só talvez, a fantasia,
Encontre , no poetar, as suas versões verdadeiras!


autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br

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