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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Botão, Virando Flor

Inocência de criança faceira,
Que via o amor, pela vez primeira,
E que era botão, virando flor.

Gentil meiguice de criança,
Que vive, para brincar.
Da boneca, guardou lembrança,
Virou mulher, apreendeu a amar.

A inocência, ficou somente,
No seu pobre coração é puro, inocente,
Mas que não acredita na ilusão.

Oh quanto a ti, bela mulher,
Deve este imenso mundo.
Com ele, brincavas quando quer,
Por ele tens, ódio profundo.

Moça faceira,
Gentil donzela,
Que sofres-tes, pela vez primeira,
No altar de uma capela,
Esperando o amor que te prometeu.
O homem do mundo, que te esqueceu.

Hoje, algum tempo passado,
Encontras o teu amado,
Procurando nova emoção,
E sem te reconhecer,
Te escolha, na toda da vida,
Esta roda, bendita e sofrida,
Onde procuras sobreviver.

Recordas o teu passado,
No rosto do teu amado,
A que, um dia, entregas-tes teu botão, vira do flor.

E ele, sem nada notar,
Vê a lagrima, em ti, rolar,
E pergunta: o que acontece?
E você, gentil donzela,
Recordando aquela capela,
Gentilmente lhe diz: Esquece!


autor: Carlos ASlberto Lopes
escritor@uol.com.br

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