Tentei escrever um poema,
Que tivesse o dia, como tema.
Não chequei nem a começa-lo,
Pois não pude suporta-lo.
Um poema para ser bem feito,
Tem que ter como tema o leito,
Tem que ser bem estruturado,
Para que o amor fique bem mercado.
O amor não vive o dia a dia.
Ele vive na noite, na boêmia.
Falar de amor, ao amanhecer,
É ter certeza que o vai perder.
O amor nasceu durante a noite.
Amar de dia, é viver em eterno açoite.
Quem não ama,não pode poetar,
Pois o poema é uma forma de amar.
Quem escreve poemas, durante o dia,
Não sabe o que é poesia.
Ela é o retrato do sentimento,
É o frescor da chuva, o balançar do vento.
Para ser poeta, tem que ser amante.
Tem que ser, no mínimo, um ser errante.
Não digo que todo boêmio é poeta,
Pois não são todos que tem a mente aberta.
Mas um poema, para ter o seu valor,
Tem que falar claro, sobre o amor.
E um amor, para ser poetado,
Tem que ser, no mínimo, tentado.
E tentar amar alguém durante o dia,
Tem que ser um amor de fantasia.
O poeta é um ser pacato,
Que passa para o poema , o seu relato.
O verdadeiro, o real poema,
Tem que ter a noite, como principal tema.
Esta é a minha opinião:
Julguem-me verão que tenho razão.
autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
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