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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Desculpe, Coração

Desculpe, coração, mais eu esqueço,
Do passado que já passou, e não volta mais.
Este ato de esquecer, penso eu, mereço,
Pois é meu modo de reencontrar a paz.

Sei que não crês, mais ainda te amo,
Com a mesma fúria de nosso começo.
Não acreditas, porque não mais te chamo,
Mas, entre a multidão, te reconheço.

Cansei de ser apenas um solitário,
Com amor ao peito... pouco mais que nada.
Cansei, confesso, de ser o eterno e etário,
Amante sem amor... herói da madrugada.

Desculpe, o coração, se já esqueço,
Do tempo passado, que já vai distante,
Mas acho, dentro de mim, que mereço,
O descansar do sonho... este sonhar galante.


autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br

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