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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Dormir do Poeta

Na praia deserto,
O poeta, alerta,
Procura inspiração,
E no final da noite
Tendo o orvalho, como açoite
Vem o cansaço, a desilusão,
Mais uma noite perdida
Mais uma paixão esquecida,
Mais um poema acabado,
E quando o dia amanhece
O poeta , cansado, adormece,
Mas o poema, está terminado,
Nada mais há por fazer,
Deixem o poeta adormecer,
Deixem a mente se recompor,
Pois ao anoitecer, retornará,
E tudo continuará
O poeta, o poema e sua dor,
Uma dor de pura amargura,
De uma ilusão que foi tão pura,
Como as ondas brancas do mar,
Deixem, pois, o poeta dormir,
Pois a noite era surgir,
E como ela, o seu poetar.


autor: Carlos Alberto Lopes
escritor@uol.com.br

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